Oi pessoal! :)
Acho que esse POST vai ser um divisor de águas... Calma!
Eu tenho esse Blog desde que me mudei pro México, ou seja, estamos caminhando para o QUINTO ano de convivencia.
Chega uma hora que o assunto acaba, a novidade já nao é mais novidade, e como voces sabem meu BLOG fala sobre o México e nossas aventuras e descobertas por aqui, além de tentar ajudar voces um pouco na parte burocrática da coisa.
Resolvi ampliar, abrir um pouco o leque e falar de coisas mais pessoais, mostrar lugares nao tao turísticos e , lugares que minha família visita e nao está no México. Calma de novo! O foco sempre vai ser o país em que vivo e gosto muito, mas, concordem comigo que tenho que agarrar mais possibilidades!
Pensando nisso e depois de conversar muito com minha amiga e guru Ivana, do Dilemas de Ivana, apostei num assunto muito comum e atual. Um assunto chato, doído, mas que eu tenho certeza que nao é só MEU pesadelo. Infelizmente tem muita gente que sofre disso: CRISE DE PANICO.
EU TENHO CRISES DE PANICO E ANSIEDADE.
É bom comentar com voces, que a primeira vez que lidei com isso foi no Brasil, o México nao foi o causador das minhas crises.
Pra quem nao sabe do que estou falando vou resumir de uma maneira bem simples: A minha ansiedade é tamanha que atinge níveis estratosféricos e meu organismo entende que apesar de NADA estar acontecendo, ele tem que se preparar para um ataque que irei sofrer. É como se um leao estivesse parado na minha frente, pronto pra me atacar, e meu organismo involuntariamente prepara-se para se defender. Mas nao existe o leao.
E no meu caso em especial, sao 20/25 minutos de respiracao ofegante, taquicardia, evoluindo para paralisia de maos e pernas e formigamento de face. Ou seja, sao sintomas 90% físicos e aquela dúvida se voce está enlouquecendo ou nao. Tá bom pra voce? rs
Eu gastei grande tempo da vida, estudando, lendo, me consultando e tentando entender o que meu cérebro fazia comigo. Eu nunca fui a favor de remédios (vejam bem, no meu caso, de forma alguma julgo quem se medica!), entao, tive que penar muito pra conseguir ter um auto controle. E fui muito forte, muito mesmo. Quem conviveu comigo sabe disso!
O interessante foi que nos meus primeiros anos de México, elas sumiram!
Até cheguei a comemorar que tinha me livrado disso , mas, estava enganada. Quem me acompanha no Blog sabe que o ano de 2016 foi muito complicado pra minha família , e nao me surpreendi, quando finalmente tudo passou e teoricamente estava tudo tranquilo, elas reapareceram. Porque sempre foi assim, no meio da tempestade eu aguento firme, mas depois, quando tudo está mais calmo , ela reaparece.
A primeira que tive , foi tao intensa que desmaiei.
Estava dirigindo, voltando pra casa com minha filha no carro e comecei e ter todo o pacote de sensacoes que iria infartar. Aí o fato de estar conduzindo minha filha, me deixou mais nervosa, e aquilo foi crescendo exponencialmente. Até hoje nao sei como consegui chegar em casa e pedir socorro a minha vizinha, que prontamente me levou ao hospital.
Aí , quem sofre disso já sabe o final: Todos os exames realizados, tudo ok, check up, 3 mil pesos a menos e um copo de água até me acalmar. Eu sabia que era panico, mas eu nao controlei,
E assim foi durante meses. Eu tinha crises diárias, 90% das vezes dirigindo. Aí voce me pergunta, por que nao evitou dirigir? Porque eu nao podia deixar a crise transformar isso em um obstáculo, nao podia associar a crise ao ato de dirigir, porque senao, nunca mais conseguiria entrar num carro.
Foi uma luta minha comigo mesmo.
Eu nunca quis preocupar minha família, porque do outro lado do oceano eles nao poderiam me ajudar muito. Mas eu tive que parar e admitir que daquela vez, eu nao conseguiria sozinha, eu teria que procurar ajuda, e procurei.
Meus amigos todos sabem disso, nunca tive vergonha em esconder, entao me apoiaram de várias maneiras: Flávio (amigo psicólogo) me ajudava pacientemente pelo telefone, Rodrigo (meu amigo mexicano) saía correndo me salvar quando eu estacionava o carro em qualquer lugar e achava que ia morrer (ele com todo bom humor do mundo, chegava correndo me ajudar....), minha vizinha médica sempre me checava e falava que estava tudo bem, e no auge de tudo isso me rendi a algumas sessoes de terapia com um grande psicologo brasileiro via skype. E minha fé, resgatei minha fé.
E óbvio meu marido, que é o ser mais calmo do universo. Nunca vou esquecer o dia que minhas maos se fecharam no volante, eu nao conseguia soltar! Liguei por chamada de voz pra ele , que , pacientemente ficou comigo na linha até eu chegar em casa. Diga-se de passagem que eu estacionei o carro 8 vezes. Parava em TODOS os quarteiroes e respirava, cada metro que eu percorria era uma vitória. E ele lá comigo, como se nada tivesse acontecendo.
ALGUMA COISA ESTAVA ERRADA E EU PRECISAVA MUDAR.
Depois de tanto tempo vivendo fora eu já nao estava me reconhecendo.
Eu estava perdida.
Eu tinha que fazer alguma coisa porque estava afetando muito minha qualidade de vida. Foi aí que eu resolvi dar um RESTART. Resolvi friamente sentar e resgatar a pessoa que eu sou, lembrar das coisas que eu sempre gostei, gastar tempo com o que realmente vale a pena.
A gente tem que se adaptar muito, em outra situacao , outra cultura. As vezes é tao forte isso, que quando voce para e observa se da conta que tamanha foi a transformacao , que voce virou outra pessoa!
Isso nao é de todo ruim, mas, eu sou totalmente a favor de voce manter a sua essencia.
Peguei um filtro gigante e reclassifiquei a minha vida.
Parei, respirei, meditei (isso mesmo, sou adepta a meditacao diaria!). Foi aquilo mesmo: isso sim, isso talvez, isso nao, isso nunca!
Voltei a ler, voltei a correr, voltei a dar a importancia devida e merecida a cada coisa. As vezes voce está no meio de milhoes de pessoas, mas se sente a pessoa mais solitária do mundo.
E depois desse doloroso processo de redescobrimento do meu EU, as coisas entraram no eixo e voltaram a fluir. E eu decidi escrever sobre isso nao para me expor, mas por saber que muitas pessoas quando expostas a uma carga muito grande de pressao, mudanca, responsabilidades e questioamentos, passam por isso. E isso nao é vergonhoso, e isso nao é frescura!
A crise de panico, a ansiedade em excesso é algo altamente destrutivo, que eu nao desejo a ninguem! Muitas vezes escutei pessoas julgando (como sempre...) sem conhecimento algum. E mesmo essas pessoas, nao quero que passem por isso.
O lado bom disso tudo é que quando voce finalmente toma as rédeas da sua vida de novo, voce sente uma paz, uma coisa tao boa de se sentir foda! Porque voce é FODA.
Espero que mostrar a minha fragilidade pra voces seja entendido como uma maneira de tentar ajudar.
E quem quiser conversar comigo a respeito de como superei isso tudo, já sabe onde me achar.
NAMASTE.
É bom comentar com voces, que a primeira vez que lidei com isso foi no Brasil, o México nao foi o causador das minhas crises.
Pra quem nao sabe do que estou falando vou resumir de uma maneira bem simples: A minha ansiedade é tamanha que atinge níveis estratosféricos e meu organismo entende que apesar de NADA estar acontecendo, ele tem que se preparar para um ataque que irei sofrer. É como se um leao estivesse parado na minha frente, pronto pra me atacar, e meu organismo involuntariamente prepara-se para se defender. Mas nao existe o leao.
E no meu caso em especial, sao 20/25 minutos de respiracao ofegante, taquicardia, evoluindo para paralisia de maos e pernas e formigamento de face. Ou seja, sao sintomas 90% físicos e aquela dúvida se voce está enlouquecendo ou nao. Tá bom pra voce? rs
Eu gastei grande tempo da vida, estudando, lendo, me consultando e tentando entender o que meu cérebro fazia comigo. Eu nunca fui a favor de remédios (vejam bem, no meu caso, de forma alguma julgo quem se medica!), entao, tive que penar muito pra conseguir ter um auto controle. E fui muito forte, muito mesmo. Quem conviveu comigo sabe disso!
O interessante foi que nos meus primeiros anos de México, elas sumiram!
Até cheguei a comemorar que tinha me livrado disso , mas, estava enganada. Quem me acompanha no Blog sabe que o ano de 2016 foi muito complicado pra minha família , e nao me surpreendi, quando finalmente tudo passou e teoricamente estava tudo tranquilo, elas reapareceram. Porque sempre foi assim, no meio da tempestade eu aguento firme, mas depois, quando tudo está mais calmo , ela reaparece.
A primeira que tive , foi tao intensa que desmaiei.
Estava dirigindo, voltando pra casa com minha filha no carro e comecei e ter todo o pacote de sensacoes que iria infartar. Aí o fato de estar conduzindo minha filha, me deixou mais nervosa, e aquilo foi crescendo exponencialmente. Até hoje nao sei como consegui chegar em casa e pedir socorro a minha vizinha, que prontamente me levou ao hospital.
Aí , quem sofre disso já sabe o final: Todos os exames realizados, tudo ok, check up, 3 mil pesos a menos e um copo de água até me acalmar. Eu sabia que era panico, mas eu nao controlei,
E assim foi durante meses. Eu tinha crises diárias, 90% das vezes dirigindo. Aí voce me pergunta, por que nao evitou dirigir? Porque eu nao podia deixar a crise transformar isso em um obstáculo, nao podia associar a crise ao ato de dirigir, porque senao, nunca mais conseguiria entrar num carro.
Foi uma luta minha comigo mesmo.
Eu nunca quis preocupar minha família, porque do outro lado do oceano eles nao poderiam me ajudar muito. Mas eu tive que parar e admitir que daquela vez, eu nao conseguiria sozinha, eu teria que procurar ajuda, e procurei.
Meus amigos todos sabem disso, nunca tive vergonha em esconder, entao me apoiaram de várias maneiras: Flávio (amigo psicólogo) me ajudava pacientemente pelo telefone, Rodrigo (meu amigo mexicano) saía correndo me salvar quando eu estacionava o carro em qualquer lugar e achava que ia morrer (ele com todo bom humor do mundo, chegava correndo me ajudar....), minha vizinha médica sempre me checava e falava que estava tudo bem, e no auge de tudo isso me rendi a algumas sessoes de terapia com um grande psicologo brasileiro via skype. E minha fé, resgatei minha fé.
E óbvio meu marido, que é o ser mais calmo do universo. Nunca vou esquecer o dia que minhas maos se fecharam no volante, eu nao conseguia soltar! Liguei por chamada de voz pra ele , que , pacientemente ficou comigo na linha até eu chegar em casa. Diga-se de passagem que eu estacionei o carro 8 vezes. Parava em TODOS os quarteiroes e respirava, cada metro que eu percorria era uma vitória. E ele lá comigo, como se nada tivesse acontecendo.
ALGUMA COISA ESTAVA ERRADA E EU PRECISAVA MUDAR.
Depois de tanto tempo vivendo fora eu já nao estava me reconhecendo.
Eu estava perdida.
Eu tinha que fazer alguma coisa porque estava afetando muito minha qualidade de vida. Foi aí que eu resolvi dar um RESTART. Resolvi friamente sentar e resgatar a pessoa que eu sou, lembrar das coisas que eu sempre gostei, gastar tempo com o que realmente vale a pena.
A gente tem que se adaptar muito, em outra situacao , outra cultura. As vezes é tao forte isso, que quando voce para e observa se da conta que tamanha foi a transformacao , que voce virou outra pessoa!
Isso nao é de todo ruim, mas, eu sou totalmente a favor de voce manter a sua essencia.
Peguei um filtro gigante e reclassifiquei a minha vida.
Parei, respirei, meditei (isso mesmo, sou adepta a meditacao diaria!). Foi aquilo mesmo: isso sim, isso talvez, isso nao, isso nunca!
Voltei a ler, voltei a correr, voltei a dar a importancia devida e merecida a cada coisa. As vezes voce está no meio de milhoes de pessoas, mas se sente a pessoa mais solitária do mundo.
E depois desse doloroso processo de redescobrimento do meu EU, as coisas entraram no eixo e voltaram a fluir. E eu decidi escrever sobre isso nao para me expor, mas por saber que muitas pessoas quando expostas a uma carga muito grande de pressao, mudanca, responsabilidades e questioamentos, passam por isso. E isso nao é vergonhoso, e isso nao é frescura!
A crise de panico, a ansiedade em excesso é algo altamente destrutivo, que eu nao desejo a ninguem! Muitas vezes escutei pessoas julgando (como sempre...) sem conhecimento algum. E mesmo essas pessoas, nao quero que passem por isso.
O lado bom disso tudo é que quando voce finalmente toma as rédeas da sua vida de novo, voce sente uma paz, uma coisa tao boa de se sentir foda! Porque voce é FODA.
Espero que mostrar a minha fragilidade pra voces seja entendido como uma maneira de tentar ajudar.
E quem quiser conversar comigo a respeito de como superei isso tudo, já sabe onde me achar.
NAMASTE.
1 comentários
Melissa, sou Melissa também. Fique bem! Para se manter numa boa, Escola Neijing!!! Procure por essa escola... tem acupuntura, massagem, meditação, carinho, conforto, alegria... http://www.escuelaneijingmexico.com/
ResponderExcluirAssim posso agradecer o teu blog! Abraços!