Chegou o dia de dizer ADEUS a SAN LUIS POTOSI.


Talvez esse seja o post que eu escrevo com mais dor no coracao em todo esse tempo de México.






Vou recapitular alguns acontecimentos na minha trajetória, pra tentar desenhar pra voces essa história.


- Marido recebe uma proposta pra uma  experiencia internacional no México.
- Enfio nossa vida em 8 malas , abandono minha carreira e nos mudamos a SLP.
- Nao posso trabalhar (nem teria como, precisava me adaptar!), crio um Blog pra dividir essa minha experiencia com minha família e meus amigos. 
- Blog dá certo!
- Recrio meu circulo social.
- Comeco a explorar cada cantinho dessa cidade , cultura, país.
- Primeiro desemprego do meu marido.
- Me candidato a uma vaga, sou aprovada, mas ele rapidamente se recoloca no mercado de trabalho e eu volto atrás na decisao de voltar ao mundo empresarial,  pelo impacto que teria na vida da minha filha.
- Continuo me dedicando ao Blog, aprendendo sobre o México e me tornando quase mexicana.
- Segundo desemprego do meu marido, esse foi tenso! Foram muitos meses sem perspectiva! Já tínhamos o visto de residente permanente , eu poderia buscar emprego.
- Me candidato a uma vaga, em 2 semanas me contratam.
- Meu marido tem uma ótima oportunidade de trabalho, com um detalhe: EM OUTRA CIDADE.
- Decidimos as pressas que ele iria e depois pensaríamos no que faríamos.





Há um ano estamos nessa vida, com duas casas: uma em Pachuca e outra em SLP. A distancia entre uma cidade e outra é de 5 horas. Pachuca fica no estado de Hidalgo, 45 minutos da CDMX.

Aí voce me pergunta: Por que esperaram tanto para mudar?  Ficamos inseguros em sair correndo, mudando tudo, sem saber como seria a adaptacao dele por lá, levando em consideracao que saiu do ramo automotivo e as frustracoes anteriores que já tinha enfrentado.
Como eu estava trabalhando e Heloísa estava cursando o último ano da secundária, fiquei com dó dela nao se formar na escola que estudava desde que chegamos aqui no México.




Nos demos esse tempo.


Meu marido já estava bastante cansado em viver na estrada, em estar sozinho, minha filha sofrendo muito e eu EXAUSTA em dar conta de tudo por aqui : empresa, filho adolescente, casa... Uma situacao super complicada e potencializada, levando-se em consideracao o fato de estarmos em outro país, sem a famosa ajuda familiar.
Acrescente a isso tudo o fato de matematicamente a conta nao fechar: os gastos com 2 aluguéis, gasolina, pedagio...  Nao fecha, eu nao ganho pra isso.


Meu marido se adapta super bem ao emprego novo, decisao tomada.  Depois que a Heloisa se formar a gente vai!



Decisao antecipada: Heloísa nao terá mais aulas. O governo anuncia que devido ao Corona Virus as aulas nao serao mais presenciais.


Comeca a loucura, procurar casa (todas as casas visitei VIRTUALMENTE, e confiei no meu marido!). No fim, deu certo e achamos uma casa que se enquadrasse nas nossas necessidades. Aí é um tal de transportadora, servicos, tramitar a  transferencia da preparatória da Helo....UM MILHAO DE COISAS, que se já normalmente é chato de se fazer, calculem em quarentena!


Meu emprego? Cederei (outra vez). Antes de anunciar que estarei oficialmente desempregada novamente, fiz uma proposta de trabalhar remoto, do mesmo jeito que estou hoje. Acho difícil aceitarem, mas, nao posso dizer que nao tentei. 


Agora vamos falar de sentimentos.
Meu coracao está partido. E nao é pelo fato de mudar de cidade, porque eu ainda quero mudar muito! É por nao poder abracar cada amigo que SLP me deu. Sei que depois poderei voltar e amigos sao pra vida inteira, mas, está fora do meu controle sentir isso!
Fui muito sortuda em conhecer pessoas tao incríveis.
SLP foi muito boa com a gente! E tenho a consciencia TRANQUILA de que aproveitei tudo que a cidade poderia me oferecer. E cada canto perto daqui também!
Pensem! Sao  S E T E anos. Sete!



Tenho todo um carinho especial pela história que construímos aqui (aqui aprendi falar espanhol, dirigir, tomar tequila, ter um olhar mex para as coisas, comer enchiladas, pular de cachoeiras, tirar fotos, saber sobre arte... aqui fiz uma família) , mas,  totalmente aberta em comecar um novo capítulo em outro lugar. Acho que a quarentena deixa as coisas mais sensíveis. Só de pensar já choro!


Muito obrigada San Luis Potosí, por tanto! Eu volto. Ooooooo se volto.



















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